um descompasso
de placas tectônicas
as nossas, cadeias de montanhas carcomidas, baixas, um vasto planalto. quem chegou de viagem e se deixou ficar.
antes, soltava-se um boi e depois de dias que o procuravam, encontravam-no e o abate. ali se erguia a cidade, onde o acaso do bicho destino mostrou que ia ser.
vou arranjar uma vaca. na índia diz que são feito cachorro: mijam na rua e que pulguentas. quando eu não matar a vaca, escrevo na terra do chão ou com giz na calçada: cidade. ali é que vai morar.
solidão é descompasso.
fica sozinho que não vai junto.
a não ser quando todxs dormem. cada sonho, então, vira pesadelo de um acampamento imenso e frio: você está acordadx e uma matilha de cães se aproxima em volta.
15.4.10
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