25.1.11

fuso

recebo a amiga com quem digo de
coisas muito macias em língua estrangeira

e vemos a lua
ela encolhe a olho nu

cada uma de suas manchas tem o tamanho do atlântico
que se não for vasto oceano é aquele hotel
de gente suspeita na cidadezinha de fronteira

hoje me vi perdido nessas crateras, na sombra
do sol direto, e agora deixo de dormir pra ficar
aqui tentando escrever um caminho que me leve,
não tenho destino

ó noite mais noite que a noite.
amanhece onde eu não vejo

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