16.5.09

Benzinho eu ando pirado

Dia de sair, todo mundo vai ficar em casa. B., lembra aquele papo de noites de sábado, euforia do fora? Leio um poema, vontade louca de ser hermético feito embalado a vácuo. "silêncio tudo aquilo que do meu coração não parte". A Júlia me deu um livro do Al Berto que é só de viagens. Prefiro ficar com a beleza pra mim: guardo o livro no fundo da estante e essa noite lerei um romance policial em que o mistério são flores enviadas sem remetente. Abarcam minha sede de sangue.

Isso aqui é uma carta pra ninguém. Mas se você me ler e me quiser, não jogo duro com o coração. O atlas ficou pra trás. De todos os caminhos abertos.

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