6.4.11

a gente estava numa cabana no uruguai e tínhamos o costume de jantar na cidade, andando sobre as pedras e desviando da maré que subia. foi lá que eu entendi tudo o que me diziam sobre as pedras. a gente se sentava e gastava horas surpresos como japoneses segundos antes do flash.

naquele dia tivemos um desentendimento pequeno que nos atrasou. foi a sorte. eu chamei a carolina para ver as ondas altas que se formavam, mas não adivinharia e só acreditei quando a segunda bateu na nossa janela. gigantescas ondas, cobriam tudo e se dissipavam. depois vinha outra, e outra. abrimos o vidro um pouco e logo fechamos. a massa de água batia contra a casa, inundou a cozinha, ilha aérea e tormenta

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