visitei o amor na antessala. ele
se apressava em dizer que não
estava interessado no meu
evangelho. tinha visitas e
precisava entrar. entreguei-
lhe um folheto e saí cabisbaixo
na cidade vi o amor em outdoors.
reconheci-o logo, entre vidros
de perfume, rosto enorme nos
cartazes nas paredes dos banheiros,
shopping center, eu e os meus
folhetos. peguei
o ônibus e vim pra casa.
achei que saía mais
barato comprar uma calabresa, uma
batata, botar cerveja no congelador
e ficar quieto no meu quarto. estava certo. amanhã
(deus me ajude)
levarei a boa nova para o mundo
outra vez. passo longe da porta do
amor porque não quero aborrecer. "Não
desperdice sua sabedoria dando conselhos
a uma pessoa rebelde: ela não dará
a menor importância ao que você diz"
(Pr. 23:9)
fico perto, fico a uma distância
segura. ainda não é tempo
de campainhas e capachos. guardo
as novas sob o braço e parto
na mesma peregrinação. amanhã ou
depois a porta do amor se abre
- entrega, vinho, comunhão
19.4.11
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