inspirado pela neura da grande saúde, hoje
acordei pensando que certas palavras
têm um colesterol entre as sílabas,
acumulam essa gordura nociva e
infartam quando há muito estresse
ou quando as veias as artérias
sei lá que diabos tem dentro do nosso corpo
quando já estão demasiado velhas
as palavras estouram, dói-lhes o braço,
e caem no meio da praça
entre todas as desgraças, lembrei agora
que anteontem vi um infartado numa praça
estava com minha amiga e nós não percebemos
até chegarem os paramédicos
chego em casa e um outro amigo,
este tirou a vesícula, começa a sentir muita
dor. e diz que eu levo o desastre
por onde for.
pode ser verdade. muito nessa vida é malassombro
que ninguém percebe.
estes dias, parece que tudo o que digo sai meio infartado.
ontem, no entanto,
pensando sobre a língua ideogramática
me deu uma alegria de novos traçados
hoje também acordei achando
que há muitas outras palavras no mundo
que eu posso aprender a dizer
20.7.11
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gostei da quarta estrofe, e do poema / ideograma
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