20.10.09
no que resta de um
o menino de chinelas e sunga molhada pela rua de terra / desde que voltei à cidade natal começo muitas coisas com "o menino" / e tem me dado uns calores de arrancar as roupas e balançar as banhas na janela, pavor das vizinhas / agarro a infância que me resta e giro a criança no ar / ela abre os braços se ensina avião e me põe pra voar / peladão eu sento na cadeira escrevo tudas minhas memórias / que o menino de sunga molhada embaixo do xortes pra não ter de banhar-se em público / naquele tempo as banhas pavor do menino / agora precisa ver como ele anda safado / voltou nadar e peida debaixo d'água que é pra fazer bolhinha / se alguém olha torto ele desata na risada / abre as asas e vira avião debaixo d'água / a tag deste post poderia ser tiêta / regressar é reunir dois lados / a terra gruda nas canelas vira barro / que escorre no que resta de um menino molhado
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o menino de chinelas e sunga molhada pela rua de terra
ResponderExcluirdesde que voltei à cidade natal começo muitas coisas com "o menino"
e tem me dado uns calores de arrancar as roupas e balançar as banhas na janela, pavor das vizinhas
agarro a infância que me resta e giro a criança no ar
ela abre os braços se ensina avião e me põe pra voar
peladão eu sento na cadeira escrevo tudas minhas memórias
que o menino de sunga molhada embaixo do xortes pra não ter de banhar-se em público
naquele tempo as banhas pavor do menino
agora precisa ver como ele anda safado
voltou nadar e peida debaixo d'água que é pra fazer bolhinha
se alguém olha torto ele desata na risada
abre as asas e vira avião debaixo d'água
a tag deste post poderia ser tiêta
regressar é reunir dois lados
a terra gruda nas canelas vira barro
que escorre no que resta de um menino molhado
o menino é meu amigo e escreveu um poema! sem barrinhas, tá, o menino não precisa de barrinhas!
ResponderExcluir:D
que lindo, marcows!
ê eu sou poeta dixit a poeta ^^
ResponderExcluiras barrinhas aparecem por si só, sei não donde. só se eu passar a tirá-las depois do tudo texto. será?
nossa. sempre gostei das barrinhas. achava que era de propósito. nao é não?
ResponderExcluirme lembrava e.e.cummings e seus parênteses obssessivos e encaixados perfeitamente.
ah, as barrinha é de propósito sim, maya. mas eu tenho até que me segurar pra não / colocar / o tempo todo, menos espera ela aparece.
ResponderExcluirque bom que você gosta delas :) nesse texto eu gostei de tirá-las, também. aí fica ao gosto da leitora :)