20.12.09

san telmo

passei a noite percorrendo lojas de antiguidades / com cartazes de cinema e joias feias, pesadas / outras tao bonitas / que dá dó pensar / assim perdidas / ou entao até melhor / que tantas pérolas em mundo cheio / estejam gestando um encontro / cadentes, nascostas.

hoje sim é dia de feirinha: comerciantes enchem a plaza com desejos parados / no hotel de maricones, somos em dois austríacos, um mexicano, um norueguês que chegou ontem, um coreano, um brasileiro e eu estrangeiro, de camiseta da seleçao digitando enquanto um casal de velhotes em camisa florida e nacionalidade incerta tomam café na mesa ao lado.

pela sacada do prédio, na rua se vê lá longe a cúpula de alguma igreja grande e antiga. na parede da catedral alguém pichou iglesia basura vos sos la dictadura. con letra tán hermosa. a mesma que escreveu aqui no peito que nao vai dar mais, valeu, mi buenos aires querida, um beijo pra quem fica.

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