o avião traz pra gente uma alegria / esquife dos futuros / deslizando a nossa testa
a criança não sabe empinar pipa / sempre deixa partir
e no extremo árido
figura um búfalo correndo
***
Agora juntas ao teu peso
tudo o que é leve,
agora desmascaras
o sempre nomeado
mas sem nome,
agora mandas os martelos-
-mecânicos, os fura-sílabas,
para debaixo do esporão
daquele que
te leva a saltar para o outro lado
da ardilosa madeira da sebe,
agora
escreves.
(Paul Celan, 26-7-1968, tradução de João Barrento)
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