11.6.10

magma e arquipélago. blues

Viviam isolados em pequenos buracos que raspavam no interior de grandes construções, os primitivos à moda dos insetos, e à noite nesse frio eu me meto em cobertores que pesam um leão, macio quente sujo. As câmeras fotografam interiores pálidos cheios de pó. Meus amigos, espalhados, são uma fonte intermitente de calor, como o magma que sobe da falha oceânica para as ilhas de São Paulo e São Pedro, a 150 mil quilômetros da costa brasileira. Conto os passos que me distanciam das suas costas. Não há lugar que o homem não tenha desbravado. Um apartamento aceso, a maior cidade da América do Sul, todo esse papo.

Um comentário: