ando à cata de histórias pra escrever / não sai palavra: vem só uma coisa grande e ventada, que não se traduz, logo vai
imagino algum paralelo com a vida prática / quero dizer: tudo são as condições materiais de produção / e se me falta uma história escrita, é justo que igualmente nada se escreva
igual escrever não é ofício que eu pratique, viver / assim é, ou me parece: não me amole com esse papo de emprego, o que eu quero é sossego / não quero dinheiro, eu só quero amar
fico esperando a hora em que / vai aparecer, sem esforço nenhum da minha parte, a escrita essencial / ou a vida essencial / talvez as duas juntas, mais provável
"a gente trabalha o ano inteiro
por um momento de sonho, pra fazer
a fantasia de rei, ou de pirata, ou jardineira
pra tudo se acabar na quarta-feira"
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uma coisa que eu detestava, quando faziam no meu blog, é pegar uma frase de um poema meu e querer discutir - não discutir artisticamente; queriam ajudar, mostrar que há outras formas de se ver a vida. que eu estava errado. haahahahahah
ResponderExcluirclaro, imagina, vou mudar meu poema para que eu pareça uma pessoa madura, e não um bom escritor.
como se o poema já não me mudasse.
bjones!