recebe as viagens que há em ti ó
avião das vagas nuvens tuas
turbinas silenciosas nas alturas
estava fazendo um poema parnasiano sobre o meu amor pelo avião, mas parei
ó tubo de metal ó parafusos ó voo
cada ida é um retorno
(agora estou ensaiando as metáforas
que abranjam toda a existência
pequena como as metáforas e
não quero estar aqui)
faz tempo não te escrevo, amor,
tenho preferido animais descritos
com palavras quebradas
vislumbro um avião um pterodonte
aos meios de locomoção eu dedico
estes dedos
21.3.11
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