6.5.11

espero un llamado telefónico y esta espera me angustía más que de costumbre

um ralo as nuvens vão e
viram brilho lá em que nasce
o sol, a manhã deu de estar
morna nos meus dedos
gelados, os sons de fundo,
um choro no quarto, marteladas,
a ventoinha do computador, espirros
de quem amanhece com rinite

querido diário

espero que não haja limite
para escrever as coisas poucas
do mundo, esse miúdo que a ninguém
interessa

(se em mim essa espera
vira carne, motivo e a macia
rigidez do corpo que acorda

pro nada - um dia que não chega
e acontece - pra coisa
calada na horda, e que mínima
muda e absurda

transforma

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