22.6.11

"ai" como se fosse um grande perigo, "ai" a língua entre os dentes e os dedos nas pernas, "o que é que você tá fazendo?" e uma cabeça inclinada, como se tivesse medo do amor e ao mesmo tempo o quisesse, mas nada. no dia seguinte eu peguei um táxi e bolinei o taxista. era um dia cinza e ela me falou que adorava a cor do dia. vimos um casal de namorados abraçados debaixo da chuva, andando mornos como se fizesse sol. depois tomei tantos banhos que não tenho mais cheiro nenhum no meu corpo. como se não houvesse perigo algum, nunca mais nos vimos. uma piscina coberta com uma lona azul. chove por acaso, a lona rasa de água, a festa pensa "oba a piscina está cheia". se tira a lona logo vê: a piscina está vazia. mas não há nenhum perigo. "ai" eu x agarrei pela nuca e aquele encontrão dos corpos separados. diário das coisas que não acontecem. "ai"

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