4.6.11

carta de navegação

abri essas cartas sobre a mesa. agora não soube resolver e deixo as cartas ficarem. de negligência vão me acusar. mas que besteira, ninguém vai ver. eu mesmo me acuso. então faço assim: paro. não acuso mais nada. as cartas abertas olhando. abri também um tapete no chão, sobre ele papéis, a máquina de escrever, o computador e livros livros abertos. vou abrindo as coisas até onde consigo. o próximo passo seria fechar. então as deixo e abro outras. vou abrindo, vou abrindo. como se a casa suportasse. não suporta? abro a casa. abro o peito. com os dedos, folheando. abro o tempo.

assim que compreender, decido o que faço. talvez te escreva contando que tudo isso, tudo isto, que _________________. talvez. se não for melhor fechar. ou se não for, aí, de vez e para sempre, continuar e abrir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário